Obituário: Aldo Craievich foi um dos pioneiros no uso da luz síncrotron no Brasil

O físico argentino teve papel relevante na criação da comunidade de usuários dessa fonte luminosa no país e foi precursor das pesquisas em vidro.

A importância de um laboratório de pesquisa também se mede pela amplitude de sua comunidade de usuários. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, no interior paulista, responsável pela operação do maior e mais complexo projeto científico do país, o Sirius, reúne uma comunidade de mais de 6 mil usuários regulares. O Sirius é sucessor da primeira fonte de luz síncrotron do hemisfério Sul, o UVX, que se manteve ativa entre 1997 e 2019 e recebia por volta de 1,7 mil pesquisadores por ano. O início da formação dessa comunidade de pesquisadores em luz síncrotron, que reúne cientistas de toda a América Latina, está diretamente relacionado ao trabalho e à capacidade de articulação internacional do físico argentino Aldo Felix Craievich, morto em 24 de abril, aos 84 anos, em São Paulo.

“Em meados dos anos 1980, quando se iniciou o projeto do LNLS, era possível contar nos dedos de uma mão a quantidade de pessoas que conheciam luz síncrotron no Brasil. Craievich era uma delas”, testemunha a física Liu Lin, chefe da Divisão de Aceleradores do LNLS, unidade pertencente ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). “Foi ele quem difundiu o uso da luz síncrotron no país e é um dos protagonistas da criação do laboratório.”

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