UFSCar deixa sua marca no mapa mundi da ciência de materiais
Há quem diga que o timing da Ciência não caminha no ritmo das emergências e urgências da sociedade. De fato, temos muitas ânsias imperativas, especialmente em uma nação desigual como o Brasil. De acordo com o artigo, Tempo e Ciência (2020), de Silvânia Siebert, doutora em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas e docente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, "o tempo histórico exerce pressão sobre o tempo da ciência", ou seja, parecem ser dois relógios e compassos distintos.
A produção científica não deve, de fato, ser feita de açodamentos. O que não quer dizer que cientistas sejam insensíveis ao pulsar da sociedade, aos carecimentos do cotidiano e que não possam e não sejam ágeis - está aí, como evidência recente o desenvolvimento, de maneira emergencial, de vacinas contra a Covid-19, perspectiva que estabelece, como assim é na Ciência, um aditamento à proposição de Siebert (2020). Na UFSCar, temos bons exemplos de trajetórias científicas que se deslocam pelas extensas trilhas da maturação, proposição, amadurecimento, teste de hipóteses, com reiteradas etapas de provas, contraprovas e refutações. Uma delas, iniciada há 47 anos, é do hoje professor sênior Edgar Dutra Zanotto, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).