Com músicos cegos, banda inova ao usar instrumentos feitos de vidro no interior de SP

Com uma ideia ousada e poética, um grupo musical une arte, ciência e inclusão ao tocar instrumentos de vidro, em São Carlos (SP), focado em um repertório 100% brasileiro, com muita MPB e releituras.

Criado em 2016 para celebrar os 40 anos do Laboratório de Materiais Vítreos (LAMAV), da UFSCar, o Sons Vítreos nasceu a partir de uma inspiração do professor Edgar Zanotto, pesquisador e fundador do laboratório.

O professor tocava berimbau, e isso virou o ponto de partida para a criação de um berimbau de vidro e de outros instrumentos de percussão mais diferentões. Junto a estes, outros convencionais, como o violão e a sanfona dão o tom dos acordes.

Os instrumentos de vidro são confeccionados por Ademir Sertori, hialotécnico da UFSCar, utilizando vidro de borosilicato, material mais resistente ao calor e a impactos do que o vidro comum. O hialotécnico é especialista na arte ou técnica de trabalhar o vidro, seja de forma científica ou artística.